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O agridoce da vida

  • Foto do escritor: rachelschwartzc
    rachelschwartzc
  • 11 de jan. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 18 de jan. de 2024

A expressão “bittersweet” em inglês tem a tradução literal para agridoce e seu uso mais comum é para descrever experiências boas que não são tão boas, tem um fundinho amargo, algo que não caiu tão bem. É a alegria com a tristeza. A vitória com um gosto de fracasso. É o bom, mas ruim. 

Tantas coisas na nossa vida tem esse toque “agridoce”, é sobre sentir felicidade por tal conquista, mas também tristeza por alguma renúncia. Afinal, não seriam todas as experiências humanas um tanto “agridoce”?


Quando o seu filho passou de ano, mas você não conseguiu a tal promoção esperada no trabalho.

Quando você se muda pra fora do país e conquista um espaço bacana mas está distante da sua rede de apoio para celebrar. 

As vitórias com sabor de guarda-chuva, como foi dito num tweet que viralizou. Existe o momento ideal para ter boas notícias? Tem algo que é mais amargo ao fundo? 

Isso invalida a experiência boa ou a ruim? 

Podemos reclamar de algo ruim que aconteceu mesmo quando algo bom também faz parte do cenário? 

A vitória tem espaço para comemoração quando algo desagradável também está em jogo? 


São muitas perguntas e não tenho a pretensão de respondê-las. O espaço em análise é mais de fazer perguntas do que respondê-las, mas uma coisa é certa: o espaço deve ser livre de julgamentos. Ter um lugar onde possa ter a validação dos sentimentos — mesmo os ambivalentes e agridoces, quiçá justamente esses.


Não será alguém de fora que pode afirmar “sim, isso é comemorável” ou “não, melhor esconder isso aí”, mas o que diz seu mundo interno? O que é falar sobre isso? Precisamos mesmo que tudo seja preto no branco? 


Falar livremente sobre isso pode ser mais fácil do que sentir e estar em contato com esses sentimentos. Não podemos negar o agridoce da vida. Ele existe e está ali (e aqui), só nos resta sabermos lidar com essa mistura de sabores.



 
 
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